Racismo: atacante da Ponte Preta registra Boletim de Ocorrência; Criciúma diz que torcedor foi identificado
A partida entre Criciúma e Ponte Preta, disputada na noite de ontem, no Heriberto Hulse, foi marcada por um episódio negativo. Os torcedores do Criciúma começaram a hostilizar, cuspir e jogar água nos jogadores da Macaca na reta final do primeiro tempo.
O jogo foi interrompido por três minutos porque o atacante Da Silva relatou injúria racial de um dos torcedores catarinenses. O atleta da Macaca avisou a arbitragem que estava sendo chamado de “macaco” por uma das pessoas das arquibancadas.
A Brigada Militar foi acionada, mas o torcedor foi identificado só após a partida pela equipe de imagens do Criciúma.
Nota da Ponte Preta:
O atacante pontepretano Da Silva registrou Boletim de Ocorrência em virtude de ofensas racistas dirigidas a ele por torcedores do Criciúma – que também cuspiram, jogaram objetos e bebida em cima dos atletas pontepretanos que faziam aquecimento. Primeira democracia racial do futebol brasileiro, com negros dentro e fora de campo desde a fundação em 1900, a Ponte Preta lamenta o ocorrido, condena veementemente qualquer tipo de racismo e dará apoio irrestrito ao jogador.
Nota do Criciúma:
O Criciúma Esporte Clube vem manifestar o seu repúdio a qualquer ato de discriminação e afirma que jamais será omisso diante de um fato tão grave. O clube, com o auxilio da Polícia Militar e de atletas da Ponte Preta, já identificou o responsável e está tomando as medidas cabíveis diante do caso lamentável ocorrido durante a partida da noite desta sexta-feira (15/07) no estádio Heriberto Hülse. O fato só reforça a importância da luta diária por um futebol sem ódio.
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