Batista: Hélio dos Anjos luta contra recorde em rebaixamentos, mas é o menor culpado pela crise na Ponte
Coluna opinativa de Carlos Batista
O técnico Hélio dos Anjos tem vários acessos na carreira: Juventude, Ceará, Santo André, Náutico (duas vezes), Atlético-PR e Goiás. Tem também inúmeros títulos estaduais e uma passagem na Seleção da Arábia Saudita, quando foi vice-campeão da Copa da Ásia em 2007.
Mas também tem uma marca altamente negativa. Ele e Vagner Mancini são os recordistas em rebaixamentos; seis cada um.
A Ponte Preta precisa vencer o Ituano, sábado, às 16h, no Moisés Lucarelli, além de torcer por tropeços de Santos e/ou Ferroviária para continua na elite do futebol paulista.
Se isso não ocorrer e a Macaca for rebaixada, Hélio dos Anjos será recordista isolado com sete rebaixamentos.
É bom salientar que o Hélio dos Anjos, no caso da Ponte Preta, é o menos culpado. Gilson Kleina tem uma parcela grande, porque ajudou a montar a equipe e quem contratou – leia-se Marco Eberlin -, não pode ser isento em hipótese nenhuma.
Falar de rebaixamento é um assunto conturbado, para dizer o mínimo. O torcedor da Ponte Preta, no entanto, não tem escapismos dessa tensão e angustia até o final do jogo de sábado.
Rebaixamento é duro, ácido, amargo e doloroso como tomar um chute nos testículos. Todos tem uma visão hostil nesse espectro de fracasso.
Entretanto, muitas vezes é necessário a tempestade levar o telhado para consertar a goteira que já vinha incomodando há muito tempo. Não é de agora que a Ponte Preta vem perambulando no gume de uma faca afiada. Todos anos da história recente flerta com a degola e passa raspando. Uma hora iria acontecer.
A Macaca é vítima das circunstâncias criadas pelo aturdimento administrativo sempre tateando no escuro e sua incompetência futebolística.
De todo modo ainda existe esperança.
A Ponte Preta, no mínimo, tem que dar uma satisfação a sua torcida vencendo o Ituano.
A torcida vai ajudar fazendo ecoar o grito da nação pontepretana nas arquibancadas. Se não der para escapar tem que pensar em planejamento e reestruturação de imediato para a Série B.
Foto de Diego Almeida/Pontepress
REBAIXAMENTOS DE HÉLIO DOS ANJOS
Goiás 2015 – (8 jogos)
Atlético-GO 2012 – (6 jogos)
Figueirense 2012 – (7 jogos)
Fortaleza 2006 – (13 jogos)
São Caetano 2006 – (6 jogos)
Vitória 2004 – (8 jogos)
REBAIXAMENTOS DE VAGNER MANCINI
Guarani (2010), Ceará (2011), Sport (2012), Botafogo (2014), Vitória (2018) e Grêmio (2021)
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