Guarani: cinco decisões para inspirar o Bugre no aniversário de 112 anos
O Guarani completa neste sábado seu 112º aniversário. O título do Campeonato Brasileiro de 1978 foi o principal marco ao longo da história do clube, mas outras decisões e jogos ainda reverberam na memória do torcedor.
O Portal CB separou cinco grandes decisões que o Guarani esteve presente ao longo da sua história.
5 – A CONQUISTA DE 1949
O Campeonato Paulista da Série A2 de 1949 foi disputado por 47 equipes divididas em quatro grupos. O Guarani caiu na Série Vermelha e terminou a primeira fase na primeira colocação com 40 pontos. Na fase final, no primeiro turno, venceu o Uchoa por 2 a 0, empatou com Batatais por 1 a 1 e empatou com o Linense em 2 a 2. Depois, já no returno, perdeu para o Elefante por 3 a 1, venceu o Uchoa por 5 a 4 e derrotou o Batatais por 5 a 0 somando oito pontos.
Tanto Guarani como Batatais tinham a mesma pontuação e disputaram a partida de desempate no dia 12 de fevereiro de 1950, na Rua Javari, em São Paulo. O Bugre venceu por 2 a 1 com gols de Zico e Dorival. Américo Salomão descontou para o Batatais. A partida encerrou-se as 34 minutos do segundo tempo, quando a equipe do Batatais deixou o gramado alegando toque de mão do jogador do Guarani ao ajeitar a bola no lance do segundo gol. Também questionaram a anulação de um gol legítimo e um pênalti não marcado. O árbitro inglês, Godfrey Sunderland, pressionado pelos simpatizantes do Batatais, precisou deixar o campo em viatura policial e o Bugre comemorou o primeiro título da história.
4 – TAÇA DE PRATA DE 81
A Série B do Campeonato Brasileiro, conhecida em 1981 como Taça de Prata, contou com 48 times divididos em seis grupos. O Guarani iniciou a competição com vitória contra o Coritiba por 1 a 0 e fechou a primeira fase na liderança do grupo com cinco vitórias consecutivas. Na segunda fase, diante do Americano-RJ e do Palmeiras, venceu os dois jogos no Brinco e perdeu os dois como visitante, ficando na segunda posição atrás do líder Palmeiras.
Na semifinal, diante do Comercial, venceu tanto em Campinas como no Mato Grosso do Sul e foi para a final contra o Anapolina. No primeiro jogo, em Goiás, vitória por 4 a 2 do Bugre, que jogaria pelo empate no Brinco. Dito e feito: Marcelo abriu o placar para o Guarani aos 21 minutos do primeiro tempo e Osmário, aos 45 do segundo tempo, empatou e decretou o resultado final de 1 a 1.
O Guarani ficou com o título da Segunda Divisão do Nacional em 1981.
3 – BICAMPEONATO DO TORNEIO DE INÍCIO
O Guarani conquistou o bicampeonato do Torneio de Início em 1953 e 1954. Na última conquista, o Bugre venceu o XV de Jau por 2 a 0 e empatou contra Ypiranga e Corinthians, mas venceu no número de escanteios nas duas ocasiões.
A final foi disputada contra o São Paulo e o Bugre venceu por 1 a 0 com gol de Augusto. O Guarani jogou com Paulo; Herbert e Manduco; Godê, James e Saraiva; Dido, Augusto, Renato, Piolim e Ismar.
2 – A EMOCIONANTE DECISÃO DE 86
O Guarani ficou perto de conquistar o bicampeonato nacional em 1986. Logo nas duas primeiras fases, o Bugre se classificou com tranquilidade. Na primeira, foi segundo colocado do Grupo C, atrás do Bahia. Depois, na segunda fase, liderou o Grupo J deixando Fluminense, Flamengo e Grêmio pelo caminho. Com a colocação, o Guarani conquistou a vantagem de jogar todos os mata-matas no Brinco de Ouro.
Nas oitavas de final, diante do Vasco, venceu os dois jogos com tranquilidade. No Rio de Janeiro, 3 a 0 para o Bugre, que fez 2 a 0 na volta atuando no Brinco de Ouro. Depois, nas quartas de final, o adversário seria o mesmo Bahia – que dificultou na primeira fase. O primeiro jogo, realizado em Salvador, terminou empatado por 2 a 2. Em Campinas, na volta, vitória apertada por 1 a 0.
A semifinal foi disputada diante do Atlético-MG. Em Belo Horizonte, jogo duro, empate sem gols. Na volta, o Guarani venceu por 2 a 1 e se classificou para enfrentar o São Paulo na decisão.
No primeiro jogo, no Morumbi, o placar foi de 1 a 1, repetindo a sina das duas fases anteriores, onde o time empatou o primeiro jogo, fora de casa. Na segunda partida, no Brinco, um dos jogos mais épicos da história do futebol brasileiro.
Diante de quase 40 mil torcedores, o Guarani abriu o placar com gol contra de Nelsinho, do São Paulo. Sete minutos depois, o zagueiro Ricardo Rocha, tetracampeão do mundo, devolveu a gentileza e deixou tudo igual. No segundo tempo, o empate persistiu e a partida foi para a prorrogação. Logo nos primeiros minutos, o São Paulo virou com Pita, mas Boiadeiro deixou tudo igual. O Guarani chegou a virar aos cinco minutos do segundo tempo da prorrogação com gol de João Paulo, mas o ídolo bugrino Careca, defendendo as cores do São Paulo, empatou a partida aos 14 minutos do segundo tempo e forçou a disputa de pênaltis.
Os artilheiros do dia, Boiadeiro e João Paulo, do Guarani, e Careca, do São Paulo, erraram suas cobranças. Apenas Tosin, Valdir Carioca e Evair converteram para o Guarani. No São Paulo, Darío Pereyra, Fonseca, Rômulo e Wagner Basílio balançaram as redes e deram o bi para o Tricolor.
1 – A ESTRELA DOURADA
Na primeira fase, o Bugre caiu no grupo D e ficou em quinto de 12 clubes. Apenas seis se classificavam. Foram cinco vitórias, quatro empates e duas derrotas. Vinte e um gols pró (segundo melhor ataque da chave) e nove gols sofridos.
Na segunda fase, o Guarani caiu de novo no grupo D, com nove equipes, classificando os seis primeiros e até o melhor sétimo colocado de quatro chaves. Novamente, uma missão longe de ser impossível. O Guarani se classificou em quarto, com três vitórias, três empates e duas derrotas, com 12 gols pró e dez contra.
Na terceira fase, a última antes do mata-mata, o Guarani caiu no grupo A, com outras sete equipes, classificando os dois primeiros para as quartas. Com campanha impecável, o Bugre ficou em primeiro, com seis vitórias e apenas um empate.
O Guarani chegou nas quartas e enfrentaria o Sport. Na Ilha do Retiro, vitória por 2 x 0, com gols de Zenon (pênalti) e Capitão. Na volta, em Campinas, goleada por 4 x 0, com gols de Miranda, Capitão (2) e Renato, com mais de 18 mil pagantes e 20 mil presentes no Brinco. Contra o Vasco, na semifinal, em casa, com mais de 27 mil pagantes e 30 mil presentes, o Guarani venceu por 2 x 0, com gols de Orlando (contra) e um de Renato. No Maracanã, com mais de 101 mil torcedores, o Guarani fez 2 x 1 no Vasco, após estar vencendo por 2 x 0, com gols de Zenon, sendo um de falta.
A decisão seria contra outro alviverde de São Paulo, o Palmeiras. No Morumbi, com gol de pênalti de Zenon, cometido infantilmente por Leão, o Guarani fez 1 x 0. Na volta, no Brinco de Ouro, com mais de 27 mil pagantes e 28 mil presentes, Careca fez o gol que deu o título ao Bugre.
Foto de Thomaz Marostegan/Guarani FC
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