
Por Valdemir Gomes
A baixíssima pontuação conquistada pelo Guarani na Série B de 10 pontos em 12 jogos gera muita preocupação. O time comandado por Ricardo Catalá tem 27,7% de aproveitamento e uma projeção de algo em torno de 33 pontos no final da campanha.
A pontuação baixa preocupa, mas a falta de reação e a fragilidade técnica ainda mais.
Já vimos o Guarani com um índice menor em pontos conquistados, mas jogando um futebol que gerava confiança ao torcedor de reação.
Mas o Guarani atual não gera esperança no torcedor.
Nas últimas partidas contra Figueirense e Sampaio Corrêa o time não convenceu e foi inferior aos adversários.
O campeonato é longo e são mais 76 pontos em disputa. Há tempo suficiente para uma reação, mas será necessário jogar futebol e subir o nível do que foi demonstrado.
Isso sim é o que está tirando o sono dos torcedores.
Mas o que é necessário ser feito neste momento?
Contratar.
Está provado por A + B que alguns jogadores do elenco não rendem e não conseguem entregar mais do que estão entregando.
Eu não acredito que uma troca simples da comissão técnica faça o time render mais. O clube precisa de pelo menos oito contratações de jogadores com status de titularidade.
Só assim para lograr uma reação e não deixar acontecer o que ocorreu no ano passado quando o rebaixamento não foi concretizado por um milagre.
Essa é uma necessidade pelo que demonstrou o elenco do Guarani para que a gente não precise mais ouvir do senhor Ricardo Catalá – ou de qualquer futuro treinador – o que foi dito na entrevista coletiva após o melancólico empate com o Sampaio Corrêa.
“Estou trabalhando com aquilo que a diretoria me ofereceu.”
Essa frase é sintomática e o treinador mesmo preocupado em poupar jogadores acaba instintivamente fazendo uma autodefesa e – mesmo sem ser explícito e textual -, coloca que sem ovos é impossível fazer um bom omelete.
Foto de David Oliveira/Guarani FC